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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A VIÚVA

A VIÚVA
Título original: The Widow
A autora: Fiona Barton é jornalista e escritora britânica, trabalhou como jornalista para o Daily Mail e no Daily Telegraph.
Notabilizou-se pela série de reportagens sobre o caso Maggie (filha do casal McCann desparecida em Portugal, em 2007).
A Viúva é seu livro de estreia.
Sobre o livro: Trata-se de uma trama do gênero suspense psicológico e investigação policial, na qual são abordados temas como pedofilia, relacionamentos e a influência da mídia nas investigações policiais.
A história é contada sob os pontos de vista de três personagens: a viúva Jean Taylor, a jornalista Kate Waters e o detetive Bob Sparkes.
Jean e Glenn eram casados e levavam uma vidinha tranquila. Ela era cabeleireira e ele trabalhava num banco. Eles não tinham filhos e isso era motivo de tristeza para Jean, mas Glenn nem queria pensar em qualquer tratamento ou adoção.
A vida do casal sofre um baque quando Glenn é suspeito e depois formalmente acusado pelo desaparecimento de Bella Elliot, uma garotinha de 3 anos. O caso mobilizou o país e a vida do casal se transforma num inferno, com assédio da imprensa e de pessoas comuns. Os amigos e vizinhos se afastam, os parentes ficam horrorizados.
A polícia tem uma série de provas circunstanciais, mas nada de concreto. O suficiente para abalar o relacionamento do casal.
“Meu único pensamento é que preciso ir para casa com ele. Ficar sozinha com ele. Como será quando fecharmos a porta? Sei coisas demais sobre esse outro homem com o qual sou casada para poder ser como antes”.
Quatro anos depois, Glenn está morto.
Então a imprensa, a polícia e o público decidem que chegou a hora de Jean contar tudo que sabe, inclusive o que realmente aconteceu com a pequena Bella.
É uma história de investigação policial, contada de um jeito que é muito comum atualmente: alternar diferentes perspectivas, com capítulos que alternam os pontos de vista dos principais personagens.
O livro vai agradar ao leitor que aprecia literatura policial e de suspense psicológico.
O final foi razoavelmente bem resolvido.
Pela caracterização dos personagens, pode ser que a escritora venha a escrever outras histórias com a jornalista Kate Waters e talvez com o detetive Bob Sparkes.
CONCLUSÃO: Bom.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

QUANDO EU PARTI

QUANDO EU PARTI
Título original: Leave me
A Autora: A escritora norte-americana Gayle Forman conquistou o público YA (Young Adult) com seu romance “Se Eu Ficar”, que foi adaptado para o cinema.
Na sequência lançou “Para Onde Ela Foi” que também foi um sucesso. E nos anos seguintes seus livros sempre estiveram entre os mais vendidos.
Até que ela decidiu conquistar o chamado público adulto, deixando de lado o universo adolescente. E foi assim que chegamos a Quando Eu Parti.
A personagem principal é uma mulher de 44 anos, Maribeth, que trabalha numa revista e é casada com Jason, um DJ, ou algo do tipo. Eles têm um casal de gêmeos de 4 anos.
Maribeth tem uma rotina muito estressante, desdobrando-se entre o trabalho, a casa e os cuidados com as crianças. Planeja as compras, paga as contas, participa das atividades escolares e da comunidade. Enquanto isso, Jason parece que flutua sobre tudo isso, não se importa com essas tarefas chatinhas. Digamos a verdade: um verdadeiro omisso inútil.
Maribeth tem também uma amiga dos tempos de escola e faculdade, quase uma irmã, Elizabeth. Até mesmo essa amiga se mostra uma “traidora”.
Enfim, todos que cercam Maribeth são pessoas egoístas e irritantes. Quer saber? A gente fica com raiva até dos gêmeos mimados e malcriados.
Então acontece o infarto. Maribeth é socorrida e submetida a uma cirurgia para a colocação de uma ponte de safena.
Ela é obrigada a se afastar do trabalho e ficar de repouso em casa. As coisas só pioram. Sua mãe adotiva vem para sua casa para “ajudar”. Os vizinhos levam as crianças para a escolinha porque papai está muito ocupado. Que também esquece de falar com o contador e não entrega a declaração do Imposto de Renda. Coisinhas que vão se somando e viram algo monstruoso. Até que Maribeth, não aguentando mais tanta irritação, toma uma decisão radical: saca a sua poupança de vinte e três mil dólares, arruma a mala com o essencial, deixa um bilhete para o marido e...some.
Sai de Nova York e vai para Pittsburgh, aluga um pequeno apartamento e vive anonimamente. Nada de computador, smartphone ou internet. Apenas uma TV, um celular simples e nada mais. Os vizinhos e seu novo cardiologista não sabem seu nome, de onde veio nem para onde vai.
Em sua nova vida, Maribeth faz amizades e decide procurar por sua mãe biológica (afinal, era filha adotiva e sua mãe também não era nada fácil).
Eu esperava mais dessa autora porque tinha na memória o que aconteceu com a escritora J.K. Rowling que, depois do sucesso da série Harry Potter, escreveu uma série para adultos que achei muito boa.
Gayle Forman tem milhões de admiradores por seus romances para YA, mas esse livro não chega ser tão bom. Maribeth é uma personagem estranha porque teve coragem de largar tudo assim de repente e recém-operada, mas não teve essa mesma firmeza para dizer “Chega! ”. Deixou-se manobrar pela ex-amiga, pelo marido e até pelas crianças de quatro aninhos.
O final também é muito estranho e deixa algumas questões sem respostas. Parece que a escritora estava com pressa para acabar logo essa história sem graça.
CONCLUSÃO: não vale a pena.


domingo, 29 de janeiro de 2017

A NONA VIDA DE LOUIS DRAX

A NONA VIDA DE LOUIS DRAX
Título original: The Ninth Life of Louis Drax
Autora: Liz Jensen

Essa é a história de Louis Drax, um menino que vive sofrendo acidentes. Logo ao nascer, o primeiro: uma cesariana. Nos anos seguintes não faltaram perdas de fôlego, queda em trilhos do metrô, intoxicações alimentares, sem falar em várias infecções.
Natalie, sua mãe, chorava uma ou duas vezes por dia. Afinal não era nada fácil ser a mãe de uma Criança Perturbada.
Louis tem um QI alto, é muito curioso e observador. Mas isso não impede que ele tenha problemas na escola. Aliás deve ser por isso mesmo.
Pierre, seu pai, é um piloto comercial com problemas de alcoolismo. Mas ele disfarça bem para não perder o emprego.
Os pais de Louis se separaram e Pierre foi morar em Paris, enquanto sua Natalie ficou com o filho em Lyon.
No nono aniversário de Louis, Pierre e Natalie decidem comemorar como uma família de verdade, os três juntos. Um fim de semana fora, um piquenique nas montanhas.
Foi então que aconteceu o acidente. Louis despencou do alto de uma rocha, seu corpo batendo várias vezes contra o paredão e finalmente caindo num lago e se afogando.
Saldo final: várias fraturas, perda do baço e coma profundo.
Após três meses, uma convulsão deteriorou seu quadro. E ele foi encaminhado para a clínica do Dr. Pascal Dannachet, especialista em coma. Segundo seus colegas, um homem que acreditava em coisas que os outros médicos não acreditavam.
“Nem toda atividade cerebral pode ser detectada por uma máquina. Estamos nos enganando se acreditamos no contrário”.
Os capítulos oferecem pontos de vista alternados: o do Dr. Dannachet e o de Louis. Isso é interessante por oferecer ao leitor a informação de que, ainda em coma, o menino percebia o que acontecia ao seu redor.
E aos poucos muitas dúvidas vão surgindo. Segundo a mãe, Louis não caiu no desfiladeiro. Foi empurrado pelo pai. Em seguida, o criminoso fugiu e ainda não tinha sido encontrado.
“Somente as três pessoas envolvidas na tragédia sabiam o que havia acontecido”.
História muito boa, prende o leitor não só pelo drama do pobre Louis, mas pelas histórias paralelas também.
“A mente é infinitamente mais ampla que o mundo que ela habita. O cérebro humano é muito mais que máquina ou carne”.
Link para o filme:


CONCLUSÃO: MUITO BOM

sábado, 28 de janeiro de 2017

NINFEIAS NEGRAS

NINFEIAS NEGRAS
TÍTULO ORIGINAL: Nymphéas Noirs
O AUTOR: Michel Bussi
Giverny é uma pequena aldeia a cerca de 75 km de Paris, na região da Normandia, onde viveu por 43 anos o pintor impressionista Claude Monet (1840-1926).
Foi nessa localidade que em 1889 Monet pintou a famosa série de quadros conhecidos como “Nenúfares” (as Ninfeias). Todos os anos milhares de turistas visitam Giverny para conhecer a casa e os jardins de Monet.
E é nesse simpático vilarejo, onde todo mundo se conhece, que um crime pavoroso acontece. O corpo de um famoso cirurgião oftalmologista é encontrado na beira de um lago, nos jardins de Monet. Jérôme Morval foi brutalmente assassinado e tudo indicava que o criminoso estava realmente muito motivado.
“Primeiro eu mato. Depois esmago sua cabeça. Por fim, o afogo”.
Para resolver o caso, foi nomeado o inspetor Laurenç Sérénac. Seu assistente, o inspetor Sylvio Bénavides.
No bolso do paletó do cadáver, havia um cartão-postal, a imagem de um Ninfeias, de Monet, uma daquelas reproduções vendidas aos milhões. Atrás, estava datilografada uma mensagem: ONZE ANOS. FELIZ ANIVERSÁRIO.
O livro conquista logo no primeiro capítulo, quando a narradora, uma mulher de 84 anos, que vive sozinha num moinho de onde pode observar tudo o que se passa na aldeia, faz um resumo da direção que a trama vai tomar.
“Três mulheres vivendo num vilarejo.
A terceira era a mais talentosa; a segunda, a mais esperta; a primeira, a mais determinada.
Na sua opinião, qual delas conseguiu escapar?
A terceira, a mais novinha, chamava-se Fanette Morelle; a segunda era Stéphanie Dupain; a primeira, a mais velha, era eu”.
A história contém uma ótima trama de investigação policial, com tudo que há de melhor no gênero e uma conclusão surpreendente.
“Giverny é um vilarejo pequeno, todo mundo se conhece...Nós aqui vivemos dentro de um quadro. Estamos emparedados”.
CONCLUSÃO: MUITO BOM



domingo, 22 de janeiro de 2017

O CHAMADO SELVAGEM

O CHAMADO SELVAGEM
TÍTULO ORIGINAL: The call of the Wild (1903)
O AUTOR: Jack London (São Francisco, 12 de janeiro de 1876 - Califórnia, 22 de novembro de 1916)
Outras obras do autor: Caninos Brancos (White Fang), O Lobo do Mar (The Sea Wolf).
Como em todos os seus livros, O Chamado Selvagem também é baseado em aventuras vividas pelo escritor. Nesse caso, London se inspirou em sua experiência na corrida do ouro de Klondike (Canadá).
O LIVRO: Buck é um cão de quatro anos de idade, que vive na casa de um juiz, numa região ensolarada de paisagem deslumbrante. Seu pai era em enorme são-bernardo e sua mãe era uma cadela da raça pastor-escocês. Buck era um cão grande, de porte majestoso, com sessenta e três quilos, que vivia como um aristocrata satisfeito, fazendo companhia ao juiz Miller.
Mas essa boa vida de Buck sofre uma tremenda mudança, quando um jardineiro viciado em jogo, endividado, rouba Buck e o vende.
“Ninguém o viu sair com Buck pelo pomar, no que Buck imaginava ser um simples passeio...ele aprendera a confiar nos homens que conhecia e a lhes dar crédito por uma sabedoria que excedia à sua”.
Buck é levado para as regiões gélidas do Norte, para puxar trenós, trabalhando com a multidão de norte-americanos que se envolveram na corrida do ouro. Para isso, precisavam de cães fortes, resistentes e - principalmente – obedientes.
Já no quesito obediência começam os problemas. Buck resiste e sofre com as agressões desses homens rudes. Ele tenta resistir mas acaba cedendo.
“Era sua iniciação no universo da lei primitiva...um homem com um porrete impunha a lei, um senhor para ser obedecido, embora não necessariamente se precisasse conquistar a sua amizade”
Aquele cão doméstico passou a viver num ambiente hostil. Seu aprendizado se dá não apenas pela experiência, mas através do despertar de seus instintos selvagens, que haviam desaparecido.
“Havia uma necessidade imperiosa de estar constantemente alerta, pois aqui homens e cães não eram como os da cidade. Eram selvagens, todos eles, e não conheciam outra lei que não fosse a do porrete e das presas”.
O livro traz uma bela história de sobrevivência, lealdade e transformação.
“Uma noite, acordou sobressaltado...Da floresta vinha o chamado...E o reconheceu com aquela familiaridade antiga, com um som já ouvido antes”
CONCLUSÃO: MUITO BOM



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O LIVRO DOS BALTIMORE

O LIVRO DOS BALTIMORE
Título original: LE LIVRE DES BALTIMORE
O Autor: Joël Dicker é um escritor suíço nascido em 1985, autor de Os últimos dias dos nossos pais (2012) e A verdade sobre o caso Harry Quebert (2012).
Em O LIVRO DOS BALTIMORE, o narrador é Marcus Goldman, aquele escritor que visita seu antigo professor Harry Quebert e acaba envolvido numa investigação de homicídio.
Agora, Marcus decide relatar a história de seus avós, tios e primos e a narrativa utiliza-se da conhecida técnica dos flashbacks.
Já nos primeiros capítulos, Marcus avisa que no dia seguinte seu primo Woody começará a cumprir pena. Ele vai passar cinco anos na prisão. Essa revelação é parte daquilo que Marcus chama de O Drama.
A família Goldman é formada por dois irmãos: o pai de Marcus e seu irmão Saul.
Saul é um advogado muito bem sucedido, sócio de um dos escritórios de melhor reputação de Baltimore. Ele era casado com tia Anita, uma médica, e tinha um único filho – Hillel, dotado de uma inteligência acima da média. Marcus tratava Hillel como um irmão.
A família de Marcus vivia em Montclair. Seu pai era engenheiro e sua mãe vendedora de roupas chiques.
Os avós Goldman, de maneira sutil, tratavam os dois irmãos de maneira diferenciada.

“Ao sair de suas bocas a palavra “Baltimore” parecia cunhada em ouro, enquanto “Montclair” parecia desenhada com gosma de lesma”.

Em determinado ponto da história, surge um terceiro elemento: Woody, um menino abandonado por seus pais, um pequeno delinquente, que é acolhido por tio Saul de tal forma que ele passa a fazer parte da família.
Os três meninos eram chamados carinhosamente de Gangue do Goldman.

“Nós nos amávamos como poucos irmãos já se amaram”.

Certo dia, uma família muda-se para uma casa próxima. A filha do casal, Alexandra, torna-se o único membro feminino da Gangue, e essas duas famílias formam laços de amizade.
Toda a história é transmitida ao leitor sob o ponto de vista de Marcus. À medida que os anos passam, ele se vê obrigado a reconsiderar seus sentimentos e opiniões.
Joël Dicker é um escritor cuja característica é ser “prolixo”, chegando às vezes a ser repetitivo, mas aqui ele consegue não repetir o que fez em A verdade sobre o caso Harry Quebert, em que a história parecia que nunca acabava.
Os personagens estão sempre escondendo alguma coisa, e a cada capítulo alguém revela algum segredo. O coitado do Marcus parece que nunca sabia de nada. Depois de muitos anos ele conclui que ninguém é sincero.

“Pela primeira vez entre os Baltimore e eu, uma barreira intransponível havia sido erguida: a dos segredos”.

O livro é interessante, embora os flashbacks acabem por cansar e confundir mas consegue chegar a uma resolução convincente e o saldo final é bom. Daria um belo filme.
CONCLUSÃO: Bom.




sábado, 14 de janeiro de 2017

A CASA TORTA

A CASA TORTA
TÍTULO ORIGINAL: Crooked House

A AUTORA: Agatha Christie, também conhecida como Rainha do Crime, foi uma escritora britânica nascida em 1890, que vendeu bilhões de livros pelo mundo e foi traduzida para mais de 40 idiomas.
Sua estreia como escritora se deu com o romance O Misterioso Caso de Styles, trazendo pela primeira vez o detetive belga Hercule Poirot, personagem que se tornou quase tão famoso e popular quanto Sherlock Holmes.
Em 1926 escreveu aquela que é considerada sua obra-prima: O Assassinato de Roger Ackroyd.
Em 1903, Agatha se casa pela segunda vez com o arqueólogo Max Mollowan e ao lado dele viajou para o Oriente Médio e Egito. Essa viagem inspirou a criação de Morte no Nilo.
Faleceu em 1976, aos 85 anos.

SOBRE O LIVRO: O livro foi publicado em 1949 e a trama se passa quase toda dentro de uma casa, a casa torta título do livro.
O narrador é o jovem Charles Hayward que se encontra no Cairo durante o final da Segunda Guerra Mundial. Lá ele conhece Sophia Leonides, uma moça inglesa por quem fica apaixonado.
Dois anos após o retorno para a Inglaterra, os dois se reencontram por conta de um infeliz acontecimento: o avô de Sophia é assassinado. Ele tinha 84 anos e era riquíssimo.
O pai de Charles era comissário-assistente da Scotland Yard e havia sido designado para investigar o caso.
Aristides Leonides chegou à Inglaterra aos 24 anos. Casou-se com a filha de um proprietário de terras. Foi uma união por amor e o casamento era bem feliz. Ele construiu uma casa suntuosa onde eles viveram e tiveram 8 filhos.
Dois 8 filhos, apenas 2 estavam vivos: Roger e Philip, o pai de Sophia.
A mulher de Aristides morreu e aos 77 anos ele se casa com uma moça de 24 anos.

“Uma moça que conheceu em uma casa de chá. Uma moça totalmente respeitável. Bonita de um jeito anêmico, apático”.

O que o investigador-chefe pode apurar: Aristides foi envenenado em sua própria casa. Ao contrário do que se possa pensar, nenhum parente lucraria com o crime. E todos concluíram que a jovem viúva estava de alguma forma envolvida no crime. Na verdade, todos queriam que ela fosse a culpada. A pessoa certa.
A história é cheia de pistas que induzem o leitor a tentar encontrar uma resposta para a velha pergunta: quem é o assassino?

“Basicamente qualquer pessoa dentro daquela casa pode ter cometido o assassinato”.

CONCLUSÃO: Agatha Christie não decepciona.